Na última semana de Dezembro do ano passado, decidi
iniciar minha aventura pelo mundo de Harry Potter. Não sabia nada sobre, além de
que se tratava da história de um órfão que vivia com os tios e no dia de seu
aniversário havia sido convidado para estudar em Hogwarts.
Quando a febre dos
filmes Harry Potter explodiu, tentei fugir de qualquer informação porque queria ler os livros antes. Fui adiando o
contato até que por fim me dei conta do tempo que havia se passado. Decidi começar a ler um livro por mês e fui postando minhas
impressões no blog antigo. Porém, quando comecei “... E o Cálice de Fogo” abandonei todas as minhas metas para me dedicar
apenas à leitura de Harry Potter e no início de Abril ela já estava concluída.
Por causa do tempo curto, acabei adiando a conclusão, mas enfim estou aqui.
J.K Rowling conseguiu pegar um universo fantástico
e mexer não apenas com o nosso imaginário, mas também com as nossas emoções de uma forma genial! Fico imaginando como realmente
deve ser incrível ter crescido com Harry Potter, já que para mim, mesmo depois
de trintona, a saga se tornou inesquecível!
Com personagens bem construídos e com uma narrativa
imparcial e certeira, a autora torna o impossível uma realidade.
Os dois primeiros livros são caracterizados pela a
aventura e pelo mistério e por isso parecem bem mais infantis. Porém, em
momento algum a linguagem usada é infantilizada. O tom da narrativa é o mesmo
em todos os livros, mas a partir do livro 4, mais precisamente no final do
livro três, os acontecimentos vão ficando mais sombrios e torna-se inevitável
não estabelecer um laço
emocional com a obra.
Pessoalmente, em O Cálice de Fogo, a característica
mais marcante foi o lado político explorado por J.K. Podemos levantar diversos
debates e terminar a leitura com diversos questionamentos sobre corrupção, manobras políticas, alienação e exploração da classe trabalhadora.
“ — Faz parte da escravidão do elfo doméstico, meu
senhor. Guardamos silêncio e os segredos dos amos, meu senhor, defendemos a
honra da família e nunca falamos mal dela, embora Dumbledore tenha dito a Dobby
que não faz questão disso.”
Com 703 páginas (da minha edição), o livro 5 parecia ser o meu preferido. A leitura é extremamente densa e entre outras denúncias localizadas nas entrelinhas, o livro aponta para as falhas da educação que se preocupa apenas em transmitir informações e robotiza as crianças. Nos mostra como a educação tradicional não está preocupada em educar, mas sim em adestrar.
Com 703 páginas (da minha edição), o livro 5 parecia ser o meu preferido. A leitura é extremamente densa e entre outras denúncias localizadas nas entrelinhas, o livro aponta para as falhas da educação que se preocupa apenas em transmitir informações e robotiza as crianças. Nos mostra como a educação tradicional não está preocupada em educar, mas sim em adestrar.
“ — Desde que tenham estudado a teoria com muita atenção, não há razão para serem capazes de realizar
feitiços sob condições de exame cuidadosamente controladas — respondeu a professora, encerrando o assunto.
—Sem nunca ter
praticado os feitiços antes? — perguntou Parvati, incrédula. — A senhora está nos dizendo que a primeira vez que
poderemos realizar feitiços será durante o
exame?
— Repito, desde
que tenham estudado a teoria com muita atenção...
— E para que vai
servir a teoria no mundo real? — perguntou Harry
em voz alta, seu punho mais uma vez no ar.
A Profª Umbridge ergueu
a cabeça.
— Isto é uma
escola, Sr. Potter, não é o mundo real — disse mansamente.
— Então não
devemos nos preparar para o que estará nos aguardando lá fora?
— Não há nada
aguardando lá fora, Sr. Potter.”
E quando cheguei no livro 6, senti como se meu
mundo tivesse desabado. Não havia dúvidas do quanto fiquei envolvida nesta
história. E com certeza o livro 6 se tornou meu preferido. Não apenas pelos
acontecimentos eletrizantes, que não permitem que desgrudemos da leitura, mas
também pelas emoções
que ele me despertou.
“Resumindo, você
está protegido por sua capacidade de amar! — disse Dumbledore
em voz alta. — A única proteção eficaz contra a fascinação por um poder como o de Voldemort! Apensar de todas
as tentações que você
suportou, de todo o sofrimento, o seu coração permanece
puro, tão puro quanto era aos onze anos, quando você se mirou no espelho que
refletia o maior desejo de seu coração, e ele lhe
mostrou apenas o caminho para frustrar Lorde Voldemort em vez de imortalidade
ou riqueza.”
No livro 7 é impossível não sentir uma frustração pelos sonhos e objetivos interrompidos de Harry,
Rony e Hermione. As circunstâncias os obrigaram a crescer rápido demais a
abandonar tudo para lutar.
Só neste momento entendemos a dimensão do amor que
Dumbledore está sempre dizendo durante a saga. Só é possível ter consciência
disso no último livro, que nos mostra o valor da amizade, da dedicação e da lealdade que carregamos pelas pessoas que
amamos, mesmo que elas não estejam mais perto de nós. A única ponte que liga
presente, passado e futuro. Infância, Juventude e velhice. O amor é o que une
tudo isso e nos transforma em alguém completo. O amor é a magia que nos dá
poder para lutarmos pelo o que quer que desejamos.
“E o conhecimento
dele permaneceu lamentavelmente incompleto, Harry! Aquilo a que Voldemort não
dá valor ele não se dá sequer o trabalho de compreender. De elfos domésticos e
contos infantis, amor, lealdade e inocência, Voldemort não entende nada.
Nadinha. Que todos tenham um poder que supere o dele, um poder que supere o
alcance da magia, é verdade que ele jamais compreendeu.”
Não me resta dúvida de que Harry Potter estará para
sempre em minha memória e em meu coração.
Olá , tudo bem? Bom, eu li Harry Potter quando explodiu.Foi essa série que me fez gostar ainda mais de ler, então sou suspeita a falar,pois tenho um carinho todo especial :). É uma série que encanta todas as idades, então não importa o momento que você leia ela sempre vai te encantar em algum detalhe e a série possui um ensinamento tão legal. É como você disse tem alguns elementos que são infantis porém a linguagem não é :)..Adorei saber como foi sua experiência com Harry Potter. Acho que em breve farei uma releitura.
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Beijos
Hey, Karoline! Só fico pensando que se eu tivesse lido Harry Potter na adolescência, ficaria alucinada! Adulta já foi difícil de me controlar! rsrsrsrs Deve ter sido incrível crescer com eles. Beijos!!!
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